19. RESGATE ATUAL DE UM ÍCONE NACIONAL EM DEFESA DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

 

RESGATE ATUAL DE UM ÍCONE NACIONAL EM DEFESA DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

O ENIGMA DA ESFINGE BRASILEIRA E AS TRÊS ETAPAS DO PROCESSO DA MEMÓRIA HISTÓRICA -

CELEBRAÇÃO DE NELSON WERNECK SODRÉ NO "BERÇO DA REPÚBLICA"


 

  Em 3 de fevereiro de 2011, foi lançada a comemoração do Ano Nelson Werneck Sodré pela Prefeitura de Itu, no quadro das celebrações de seu centenário. Nessa ocasião, eu o apresentei como um ícone da luta pela cultura nacional e pela democracia brasileira. Hoje, 3 de fevereiro de 2021, comemorando dez anos deste lançamento, vale relembrar essa ocasião e seu contexto, tendo como pano de fundo os atuais acontecimentos nacionais. O sobrado histórico onde foi lançada a comemoração do centenário é colado ao edifício onde resido atualmente, e é importante relembrar que ali se realizou, em 18 de abril de 1873, a Convenção Republicana de Itu para discutir as circunstâncias do país, naquela época, e lançar o marco originário da campanha republicana.

O resultado da Convenção de Itu foi autorizar a eleição de representantes de um futuro Congresso Republicano, semente do nosso Congresso Nacional. Naquele momento histórico, a federação e a autonomia dos poderes não eram palavras vazias de sentido, mas eram consideradas como conquistas fundamentais das transformações em curso no contexto político brasileiro. A Convenção de Itu de 1873 é considerada a primeira reunião oficial dos republicanos. Dali surgiria o primeiro partido republicano organizado, que posteriormente se aliaria aos futuros partidos republicanos fluminense e mineiro, bem como aos militares e à Igreja Católica, culminando com a Proclamação da República do Brasil, em 1889.No momento atual em que assistimos as eleições das presidências das Casas do Congresso Nacional, não podemos deixar de nos perguntarmos o que foi feito desses sonhos republicanos e democráticos. 

Em 3 de fevereiro de 2011, estávamos reunidos, no Museu Republicano de Itu - onde se realizou essa histórica Convenção para a fundação da República – a fim de inaugurar as celebrações do Ano Nelson Werneck Sodré com uma série de atividades. Nessa ocasião, eu relembrei a primeira reunião do movimento republicano que tornou Itu conhecida como o “Berço da República” e o Museu Republicano Convenção de Itu como depositário da memória e das pesquisas sobre esse acontecimento. Este museu é atualmente uma extensão do Museu Paulista, no interior do Estado de São Paulo, e assim como ele, o Museu Republicano de Itu se propõe a questionar a formação histórica e cultural brasileira, oferecendo educação informal e formação acadêmica complementar. De acordo com os parâmetros da USP, ele promove o conhecimento científico do patrimônio sob sua guarda.

Dentro desta moldura histórica, é que ocorreu o lançamento do Centenário de Nelson Werneck Sodré. Pareceu-me, portanto, oportuno, já em 2011, sublinhar a importância do duplo movimento de fazer a História e de preservá-la na memória das gerações presentes e futuras para a constituição do que nós somos e do que nós podemos vir a ser. Hoje, 3 de fevereiro de 2021, nesta data histórica de comemoração do lançamento do centenário em 3 de fevereiro de 2011, lendo o noticiário sobre as eleições do poder legislativo federal, em Brasília, refleti sobre o equilíbrio dos poderes e a autonomia de cada um deles como pilares da nossa democracia. Seguindo a tradição de meu pai, não posso deixar de questionar o que está acontecendo: o que significa para a República e para Democracia brasileira a compra de votos a um preço elevadíssimo, ainda mais face às necessidades sanitárias e sociais que enfrentamos e o número chocante de 220 mil mortos? O que dizer da oferta de cargos e ministérios para conseguir votos e fortalecer o poder central, quando tantos brasileiros não têm o que comer, não têm trabalho nem lugar para morar?

Em minha apresentação de 2011, no Museu Republicano de Itu, enfatizei existirem três momentos no processo de construção da memória histórica: o primeiro, é o momento da experiência histórica propriamente dita, enquanto que o segundo momento corresponde ao da preservação da memória dessa experiência histórica. Muito importante também é o terceiro momento deste processo. Este momento, no caso de Nelson Werneck Sodré, tomou impulso  com o lançamento a celebração de seu centenário, em Itu. Ele se prolonga atualmente na comemoração dos dez anos do seu centenário. Nesse terceiro momento, a memória se apoia na História e transforma um herói do processo histórico em um ícone da memória viva, gerando um novo movimento histórico. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a figura do ambientalista Chico Mendes. Ele lutou pela Amazônia, no primeiro momento de sua experiência histórica; em seguida, num segundo momento, a memória dessas lutas foi preservada; e, posteriormente, num terceiro momento histórico, Chico Mendes se tornou um ícone do movimento em defesa da Amazônia e do movimento ecológico em geral.

Precisamos, portanto, entender o que significa Nelson Werneck Sodré como ícone da cultura nacional, para podermos continuar aprofundando o terceiro momento histórico em torno dele. Ele foi um intelectual que participou ativamente da luta por um desenvolvimento brasileiro autônomo com base em nossa cultura e democracia, defendendo a soberania nacional, a justiça social e a emancipação social e cultural do povo brasileiro. A importância deste ícone é ainda maior no atual momento de esfacelamento de nossas instituições republicanas, de desmantelamento de nossa democracia e destruição da cultura brasileira. Tornar viva sua memória significa um alerta ao fechamento e acomodação dos intelectuais e políticos brasileiros, lembrando-lhes que eles deixam assim de ser uma luz do conhecimento para a transformação social e cultural do país.

Nelson Werneck Sodré conseguiu fazer uma análise crítica e uma síntese das diferentes facetas do Brasil que poucos pensadores brasileiros conseguiram realizar. Como o Édipo da mitologia grega, que decifrou o enigma da esfinge com base nas três etapas da vida humana, ele conseguiu desvendar o enigma da realidade brasileira, servindo-se de seu conhecimento da História e desencadeando esses três momentos da memória histórica, a partir do que ele representou para a cultura nacional. Árduo pesquisador de nossa realidade, sua obra continua sendo uma referência fundamental para o conhecimento do Brasil. Muitas de suas colocações são atualíssimas, como, por exemplo, seu livro precursor da contestação ao neoliberalismo, “A Farsa do Neoliberalismo”. Em cada um de seus livros, ele nos coloca questões fundamentais sobre o Brasil, abrindo horizontes para que possamos entender melhor o nosso país.

Pela celebração dos dez anos de seu centenário de nascimento, propomos uma nova forma de resgate da contribuição intelectual de Nelson Werneck Sodré, que seja viva, ampla e atuante na sociedade, com o apoio de uma rede de amigos em todo país e no estrangeiro. Após o golpe de 1964, procurou-se enterrar a sua obra. Mas já teve início um resgate dela no meio universitário, desde os anos setenta. Nós pretendemos agora um pouco mais: propomos um movimento para resgatar o legado do que representou sua participação cultural junto aos estudantes, intelectuais e artistas, especialmente aqueles que frequentavam o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), onde ele lecionava e pesquisava, e que vinham até ele no intuito de pedir orientações para suas diferentes áreas de atuação intelectual.

Muitos me perguntam por que foi lançado esse movimento de resgate da memória de Nelson Werneck Sodré justamente na cidade de Itu. Minha família e eu temos fortes vínculos com a cidade. Foi em Itu que minha mãe, Yolanda Frugoli Sodré, filha de imigrantes italianos, deu o seu “sim” ao então tenente Nelson, na cerimônia religiosa em que se uniram em matrimônio no dia 2 de fevereiro de 1935, na Matriz da Candelária, onde ontem comemoramos não apenas os 411 anos do aniversário de Itu, mas sua Padroeira, Nossa Senhora da Candelária - Nossa Senhora da Luz, por ocasião da Festa da dedicação de Jesus a Deus feita por Maria. Assim sendo, esta data é cheia de significados, especialmente para mim que nela também realizei minha dedicação (oblação), no Mosteiro Nossa Senhora da Paz.  

Em 2011, os intelectuais de Itu deram uma resposta positiva à celebração do centenário de Nelson Werneck Sodré. Essa resposta ecoou por todo Brasil, e precisa continuar ecoando de forma a tornar viva e presente a sua memória e seus ideais. Durante seu centenário, os ituanos demonstraram que esta cidade não foi apenas o “Berço da República”, mas é igualmente um berço da cultura, que soube reconhecer o valor da obra de Nelson Werneck Sodré e acolhê-lo nesse berço, reunindo em torno dele representantes de diferentes áreas culturais: Pesquisa Social, Música, Literatura, Comunicação e História, num clima de efervescência e entusiasmo que me recordaram os anos dourados do ISEB, no período entre 1950 e 1960. Os intelectuais ituanos não apenas criaram o Centro de Estudos Brasileiros – Nelson Werneck Sodré, no Instituto Cultural de Itu, mas conseguiram por iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura que o Prefeito desta cidade assinasse o decreto de criação de um ano de homenagens ao centenário de Nelson Werneck Sodré.

Desse modo, esse grande pesquisador da História do Brasil, que já havia se realizado plenamente em vários campos do conhecimento humano e em várias atividades, tendo atingido um amplo reconhecimento público ainda em vida com mais de 60 livros publicados, recebeu em 2011 um novo reconhecimento oficial do poder público local e da comunidade intelectual, que deve continuar sendo propagado e festejado por ocasião dos dez anos do seu centenário, em 2021. As comemorações em torno de suas contribuições não abrangem apenas sua pessoa e suas obras. Elas valorizam o nosso país, tornando efetiva a sua luta pela cultura nacional e por nossa democracia. Não podemos deixar que os representantes atuais da República brasileira esmaguem os sonhos de tantas gerações e desmoralizem as nossas instituições e ideais democráticos, construídos com tanto esforço e sofrimento pelas gerações anteriores.

 


FONTE DA IMAGEM DO MUSEU CONVENÇÃO DE ITU (FOTO HELIO NOBRE):

http://www.mp.usp.br/museu-republicano-de-Itu

PARA VER NO FACEBOOK:

https://www.facebook.com/centrodeestudos.brasileiros/posts/3708939579186312


COMENTÁRIOS PELO FACEBOOK:

Roberto Melo Mesquita

Matéria maravilhosa! Parabéns, Olga Sodré.

Olga Sodré respondeu:

Roberto Melo Mesquita  Agradeço seu comentário, ainda mais vindo de um professor da língua portuguesa!!!

 

Bento Vizzotto

Incrível texto! 👏👏👏

 

Olga Sodré respondeu:

Bento Vizzotto, incrível é estarmos todos unidos em defesa da fé, do povo, da cultura e da democracia!

 Sergio Caldieri

Viva o General Nelson Werneck Sodré!

Olga Sodré respondeu:

VIVA! AGRADEÇO SUA AMIZADE E CONSTANTE SOLIDARIEDADE!!!

Magda Romano

Viva NELSON WERNECK SODRÉ o grande escritor, historiador brasileiro.

Parabéns Olga Sodré, sua filha, que com seu trabalho nos lembra a grandeza desse homem extraordinário. Em tempos sombrios é preciso reviver e aprender com aqueles que nos deixaram um legado de amor ao Brasil.

Olga Sodré respondeu: 

Minha querida e batalhadora amiga. Você faz parte daqueles que nos deixaram um legado de lutas e amor pelo nosso país! Continuamos unidas na luta.

Maria Da Gloria

Excelente matéria, Olga, que riqueza.

Olga Sodré respondeu: :

Glória, você e outros membros atuantes de nossa comunidade da Igreja São Paulo Apóstolo também fazem um rico trabalho de esclarecimento e apoio à população do bairro de Copacabana. Os padres dessa paróquia são muito esclarecidos, e não esqueço o que aprendi com vocês. Saudades!

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COMENTÁRIOS POR EMAIL:

GERALDO JOSE DE PAIVA

Gostei muito, Olga, da matéria que você publicou no 110º aniversário do nascimento de seu pai.

Parabéns, pelo tema e pelo estilo!

Grande abraço, 

Geraldo

OLGA SODRE RESPONDEU:

Muito obrigada, querido mestre e amigo!

Abraço saudoso,

Olga 

 

DURCE SANCHEZ

Excelente reflexão sobre a participação de um cultor pela democracia e cultura nacional em controvérsia com os nossos atuais representantes da "emporcalhada" política brasileira. Qual o nosso futuro? Abraço.

OLGA SODRE RESPONDEU:

É um tempo de luta e união, querida amiga!!!

 

ANTONIO SERRA

Olga, muito bonito e empolgante o que você escreveu.

O momento é favorável a desalento, medo e até desespero para muitos que não encontram suporta mínimo de sua sobrevivência e saúde.

É uma crise civilizatória que vivemos no Brasil, pois inesperadamente passou a ser fundamental defender e prestigiar uma série de valores que supúnhamos amplamente aceitos e, mesmo que não plenamente realizados, reconhecidos e consagrados. Ao contrário, instalou-se uma cultura da falsidade, do apagamento e distorção intencional e planejada da verdade; uma cultura que pretende prestigiar a submissão, a subserviência, a adesão incondicional e até delirante de convicções sem base e nocivas para a coletividade; que se almeja a rendição a personalidades lastimáveis a serem investidas de poder autocrático, e tudo para acobertar sistemática apropriação e devastação do bem público. 

Por isso, é fundamental exercer o pensamento, a liberdade de julgamento, de análise e estudo e de incentivar essa atitude em todos, independente de nível escolar e dos interesses de cada um.

O Brasil tem em sua história tantas figuras que dedicaram a vida a entender seus enigmas, a decifrar seus segredos, a equacionar seus dilemas e contradições, que precisamos, sem discriminações, levar suas elaborações e biografias ao conhecimento do vasto público.

Mas precisamos, sobretudo, enfatizar e proclamar que a democracia é condição indispensável para o exercício da inteligência, para o direcionamento livre dos afetos e para as escolhas de vida, trabalho e relacionamentos em paz.

Lembrei-me, em seu instigante relato da Convenção de Itu e como a partir dali o movimento republicano ganhou voz e audiência, lembrei-me de algo importante: isso foi possível em grande parte pelo ambiente de liberdade que os republicanos em geral usufruíram. Então, eis um valor que é preciso reforçar e, de certo modo, reapresentar cotidianamente não só no Brasil como até em outros países que se consideravam definitiva e inabalavelmente embasados em ideias democráticas.

Mas é assim mesmo, experimentação e criação continuada desta estupenda invenção humana, a democracia.

Abraços,

OLGA SODRE RESPONDEU:

Fico feliz de estar em sintonia com algumas pessoas como você, caríssimo Antonio! Escrevo acompanhando os acontecimentos e o que absorvi da vida e da História, sem levar em conta a inércia, cegueira e apatia geral.  

Agradeço pela partilha de ideias. 

Grande abraço,

Olga

 

ANGELA ARRUDA

Olga, que beleza! tomara que o ano de Homenagem ao Nelson oportunize a multiplicação de atividades que aproveitem o seu legado para discutir o significado concreto da república, da cidadania. Seria tão bom se os professores de história do ensino médio tivessem acesso a informações sobre isto, debates sobre o sentido de ser republicano. Delirei com a ideia de lives de historiadores que contassem sobre esse lado da constituição da república para além do golpe militar, e do que ela implica para a nação, em contraste com o atual desmonte, como um ciclo de debates, ou de palestras. A figura do Nelson seria uma grande inspiração. Faz falta...

bjs

OLGA SODRE RESPONDEU:

Que bom receber seu incentivo, Angela! Alguns historiadores e outras pessoas variadas estão respondendo ao meu incentivo. Contudo, sinto a maioria inerte e anestesiada, porém isso não me detém.  Estou organizando o blogue para o tempo do despertar.

Beijos carinhosos,

Olga 


RANDOLPHO GOMES

Excelente recordação de importantes momentos históricos. Parabéns.

OLGA SODRE RESPONDEU:

Muito bom partilhar esses momentos com aqueles que os compreendem, como você Randolpho!

Abraço,

Olga

 

MILTON CARVALHO

 Repassando

 

OLGA SODRE RESPONDEU:

Obrigada por repassar, Milton!

 

SÉRGIO CALDIERI divulgou em sua rede de comunicação e eu recebi pelo e-mail do ISEB - NWS Nelson Werneck Sodré (ceb.nws@gmail.com) 4 de fevereiro de 2021. 

COMENTÁRIOS PELO WHATSAPP:

LUÍS ROBERTO DE FRANCISCO:

Excelente e atualíssima abordagem. Vou compartilhar. Obrigado.

OLGA SODRE RESPONDEU:

Que bom compartilhar, mesmo que sejamos poucos a refletir sobre o difícil momento atual.

LUÍS ROBERTO DE FRANCISCO:

Sobretudo refletir a partir do exemplo e das ideias de NWS é um processo fundamental. Parabéns por manter essa chama sempre acesa. 👏👏

LUCCAS MALDONADO

Cara Olga, um pequeno apontamento, sem querer intervir em texto alheio. A senhora colocou 220 milhões de mortos, acho que quis dizer 220 mil.

OLGA SODRE RESPONDEU rindo do próprio ato falho de colocar toda população brasileira, atualmente ameaçada de morte, e agradeceu a correção muito oportuna, feliz com a leitura atenta.

LUCCAS MALDONADO complementou:

De nada, um grande abraço.

 

MARCOS SABER

Oi Olga querida, tudo bem?

Estava lendo seu texto, e ficava me perguntando: Quanto tempo será que a Olga leva para escrever um texto deste? Como ela consegue descrever tantos detalhes em todos os textos que escreve? Será que colocaram um computador de última geração no cérebro dela para não esquecer de nada? 🤔 Tirando meus pensamentos de lado e voltando ao conteúdo do texto, que é bem mais importante, fico imaginando o que NWS faria de concreto nesta situação caótica do Brasil e do Mundo. Ouvi-lo nos dias atuais seria muito interessante.

Muito do que ele lutou e falou, provavelmente iria repetir, mas o tempo atual, as pessoas são um pouco diferentes. De qualquer forma é bom manter seus pensamentos vivos e lutar para que nosso povo acorde para manter a história viva. Um povo sem Cultura é um povo morto.

Parabéns, Parabéns, parabéns... Olga querida. Sempre bom ver seus escritos.

OLGA SODRE RESPONDEU partilhando sua preocupação com a apatia, inércia e falta de reação diante dos graves acontecimentos em curso, e um pouco cética diante da possibilidade de mudança atual. Manifestou o empenho em continuar escrevendo, apesar da falta de interesse pela leitura.

MARCOS SABER complementou:

Não importa quantos possam ler seus textos hoje. Eles estão escritos e publicados.

Cabe a Deus o amanhã e o amanhã é sempre um novo despertar.

Um dia a onda vai se conscientizar que faz parte do oceano e seus textos também fazem parte da história. Continue sim pois o tempo de Deus é diferente do nosso.

 


 

 


 


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